Turismo no Espaço Cultural

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"Entre o passado e o presente, o turismo cultural revela a alma de um povo, transformando cada visita em um convite à descoberta da história e das tradições que nos unem."

 

De acordo com o Ministério do Turismo, Turismo Cultural é "atividades turísticas relacionadas à vivência do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e cultural e dos eventos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura".

Por tanto, as atividades turísticas praticadas no espaço cultural estão fundamentadas no uso dos atributos do patrimônio histórico e cultural, em vivências através da interpretação patrimonial, valorização da iIdentidade cultural do local visitado. Esses elementos juntos criam um ambiente propício para a compreensão, a apreciação e a promoção da cultura, contribuindo para um turismo mais enriquecedor e sustentável. Vejamos cada um deles de forma separada:

Patrimônio histórico e cultural

O Patrimônio Histórico e Cultural se refere a "difunsão o conhecimento sobre os bens materiais e imateriais, e as dimensões tangíveis e intangíveis do patrimônio cultural", ao mesmo tempo, "fomento dos símbolos da paisagem cultural, seus vestígios e testemunhos resultantes da interação natureza com homem".

O que são bens materiais e imateriais?

Os bens materiais referem-se aos objetos físicos e tangíveis que possuem valor cultural e histórico, como edifícios históricos, monumentos, pinturas, esculturas, artefatos arqueológicos, entre outros. Esses bens podem ser preservados, restaurados e exibidos para o público em museus, sítios históricos, galerias de arte e outros espaços culturais.

Já os bens imateriais são as expressões culturais, tradições, práticas e conhecimentos transmitidos oralmente e de geração em geração. Eles não têm forma física, mas são de extrema importância para a identidade cultural de uma comunidade. Exemplos de bens imateriais incluem danças tradicionais, música folclórica, técnicas artesanais, culinária típica, festividades religiosas, línguas e dialetos, entre outros.

Quais são as "dimensões tangíveis e intangíveis" do patrimônio cultural?

As dimensões tangíveis do patrimônio cultural referem-se aos aspectos físicos e materiais, ou seja, aos bens materiais mencionados anteriormente. Essas dimensões podem ser observadas, tocadas e experimentadas pelos visitantes. Elas representam a materialização da cultura em forma de construções, obras de arte e objetos.

Por outro lado, as dimensões intangíveis do patrimônio cultural são os aspectos imateriais, relacionados às tradições, práticas, expressões culturais e conhecimentos transmitidos oralmente. Essas dimensões envolvem a sabedoria, as crenças, os rituais, as narrativas e as manifestações culturais que dão significado e identidade a uma comunidade.

O que são símbolos, vestígios e testemunhos da paisagem cultural?

Os símbolos representam elementos culturais que têm um significado especial e são amplamente reconhecidos como representativos de uma determinada cultura ou comunidade. Eles podem incluir monumentos emblemáticos, ícones arquitetônicos, marcos históricos ou mesmo elementos naturais que possuem um valor cultural.

Vestígios e testemunhos da paisagem cultural são os elementos visíveis e tangíveis que evidenciam a interação entre a natureza e o homem ao longo do tempo. Eles podem ser ruínas arqueológicas, estruturas arquitetônicas antigas, sistemas agrícolas tradicionais, paisagens culturais preservadas e outros elementos que revelam a história, as técnicas de construção, as práticas agrícolas e a relação entre as comunidades e o ambiente natural.

Esses símbolos, vestígios e testemunhos da paisagem cultural representam a presença humana e sua influência na formação e transformação do ambiente, revelando a interação, as práticas culturais e a adaptação dos povos ao longo do tempo.

 

O turismo desempenha um papel fundamental na difusão do patrimônio cultural, permitindo que os visitantes conheçam, apreciem e aprendam sobre os bens materiais e imateriais de uma determinada região. Por meio de visitas a museus, sítios arqueológicos, exposições, festivais e interações com a comunidade local, os turistas têm a oportunidade de vivenciar a cultura e compreender as dimensões tangíveis e intangíveis do patrimônio cultural.

Assim, a difusão do patrimônio cultural através do turismo ocorre por meio da exposição e exploração dos bens materiais e imateriais, das dimensões tangíveis e intangíveis do patrimônio cultural. Os símbolos, vestígios e testemunhos da paisagem cultural são evidências visíveis da interação entre a natureza e o homem ao longo da história, proporcionando aos visitantes uma compreensão mais profunda da cultura, da identidade e da relação entre as pessoas e o ambiente.

Vivência através da interpretação cultural

Sobre a "vivência do conjunto de elementos significativos" entendemos que ela deve adotar "formas de interação para conhecer, interpretar e compreender aquilo que é o objeto da visita" através de "páticas de atividades que propiciam experiências participativas, contemplativas e de entretenimento".

Quais seriam essas formas de interação?

No turismo cultural, as formas de interação podem variar dependendo do destino e do contexto cultural em questão. Algumas das principais formas de interação incluem:

  • Visitas guiadas: Guias turísticos especializados conduzem os visitantes pelos locais de interesse cultural, fornecendo informações históricas, contextuais e culturais. Eles compartilham histórias, explicam significados por trás de obras de arte, arquitetura e tradições, permitindo que os visitantes compreendam melhor o patrimônio cultural.
  • Participação em eventos culturais: Os visitantes têm a oportunidade de participar de eventos culturais, como festivais, danças, músicas, teatros e cerimônias religiosas. Essas experiências permitem uma imersão direta na cultura local, proporcionando uma vivência autêntica e interativa.
  • Oficinas e workshops: Os turistas podem participar de oficinas e workshops para aprender habilidades culturais tradicionais, como artesanato, culinária, música, dança e pintura. Essas atividades práticas permitem que os visitantes experimentem de forma mais ativa a cultura local e se envolvam nas tradições da comunidade.
  • Interação com a comunidade local: Os visitantes são encorajados a interagir com os moradores locais, seja em mercados, feiras, praças ou até mesmo em encontros informais. Essas interações proporcionam uma perspectiva genuína da vida cotidiana, além de oportunidades para aprender sobre costumes, tradições e estilos de vida da comunidade local.
  • Roteiros temáticos: Existem roteiros temáticos específicos que exploram aspectos culturais, como a arquitetura de determinada época, a gastronomia regional, as tradições religiosas ou a história de figuras importantes. Esses roteiros permitem que os visitantes se aprofundem em áreas específicas de interesse cultural.
Quais seriam essas páticas de atividades?

Em relação às práticas de atividades, elas também podem variar de acordo com o destino e a cultura local. Algumas práticas comuns incluem:

  • Degustação de alimentos típicos: Os visitantes têm a oportunidade de experimentar a culinária local, explorando pratos tradicionais e sabores autênticos da região visitada.
  • Participação em cerimônias religiosas: Em destinos com forte influência religiosa, os turistas podem participar de cerimônias religiosas, conhecendo de perto as práticas e rituais da comunidade local.
  • Assistir a apresentações culturais: Os visitantes podem assistir a espetáculos de dança, música ou teatro que representam a cultura e as tradições locais.
  • Compra de produtos artesanais: Os turistas podem adquirir produtos artesanais produzidos pela comunidade local, valorizando o trabalho manual e contribuindo para o sustento econômico das pessoas envolvidas na produção artesanal.
  • Participação em projetos de conservação e preservação: Algumas práticas de atividades envolvem a participação dos turistas em projetos de conservação do patrimônio cultural, como a restauração de monumentos, ações de preservação de tradições e o apoio a iniciativas de sustentabilidade.

Essas formas de interação e práticas de atividades proporcionam aos turistas uma experiência mais enriquecedora e participativa, permitindo que eles se envolvam ativamente com a cultura local, aprendam sobre tradições e estabeleçam uma conexão significativa com o destino visitado.

 

Valorização da Identidade Cultural

Por fim, o mesmo conceito afirma que essa vivência de seguir "valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura", ou seja, reconhecer e estimar a identidade cultural do local visitado.

Entendemos que o conceito aqui se refere "a utilização turística dos bens culturais, pressupõe a valorização, promoção e manutenção de sua identidade cultural" ao memso tempo em que deve "transmitir o conhecimento sobre esses bens, facilitar seu acesso e usufruto a moradores e visitantes, em harmonia e em benefício de ambos".

Como a utilização turística dos bens culturais pode valorizar, promover e manter a identidade cultural de um destino?

A utilização turística dos bens culturais pode desempenhar um papel crucial na valorização, promoção e manutenção da identidade cultural de um destino turístico. Ao abrir esses bens para o turismo, é possível despertar o interesse e o reconhecimento da comunidade local em relação à importância de sua própria cultura, estimulando o orgulho e a preservação dos aspectos culturais que definem a identidade do local.

Além disso, a demanda turística pode impulsionar investimentos na restauração e conservação dos bens culturais, contribuindo para sua manutenção a longo prazo.

Como transmitir conhecimento sobre esses bens e facilitar seu acesso a moradores e visitantes?

A transmissão de conhecimento sobre os bens culturais é essencial para que os visitantes compreendam sua importância histórica, cultural e simbólica. Isso pode ser feito por meio de guias, monitores e condutores de visitantes, especialistas locais, exposições, placas informativas, aplicativos móveis, publicações e outras formas de interpretação cultural.

É importante que as informações sejam acessíveis e transmitidas de forma clara e envolvente, para que os visitantes possam apreciar e compreender os bens culturais em seu contexto adequado.

Facilitar o acesso e o usufruto dos bens culturais para moradores e visitantes envolve a criação de infraestruturas e serviços adequados, como trilhas, passarelas, museus, centros de visitantes, programas educacionais, eventos culturais e atividades interativas.

Além disso, é fundamental considerar a sustentabilidade e a gestão adequada dos fluxos turísticos, para evitar impactos negativos no patrimônio cultural e garantir que as experiências turísticas sejam positivas tanto para a comunidade local quanto para os visitantes.

O que implica agir em harmonia e em benefício de ambos?

A expressão "em harmonia e em benefício de ambos" refere-se à importância de estabelecer uma relação equilibrada e mutuamente benéfica entre a comunidade local e os visitantes. Isso significa garantir que o turismo cultural respeite os valores, as tradições e as necessidades da comunidade local, ao mesmo tempo em que oferece experiências enriquecedoras aos visitantes.

É essencial buscar uma abordagem participativa, inclusiva e sustentável, envolvendo a comunidade local nas decisões e no planejamento do turismo cultural, para que ela possa se beneficiar economicamente e socialmente, enquanto preserva sua identidade cultural.

Dessa forma, a utilização turística dos bens culturais pode conjeturar a valorização, promoção e manutenção da identidade cultural de um destino turístico por meio da conscientização, da educação, do respeito às tradições e da promoção de práticas sustentáveis.

É necessário encontrar um equilíbrio entre a preservação do patrimônio cultural e a oferta de experiências autênticas e enriquecedoras aos visitantes, para que ambos, moradores e visitantes, possam desfrutar e se beneficiar da riqueza cultural do destino em harmonia.

O Tripé do Turismo Cultural

Assim sendo, no Turismo Cultural, seu tripé é formado por importantes elementos que sustentam essa prática enriquecedora.

O primeiro pilar é representada pelos Patrimônios Histórico-Culturais, que são os atrativos turísticos de valor histórico, artístico, científico e simbólico. Esses bens culturais são a matéria-prima desse segmento, e seu uso adequado promove a valorização e a preservação da cultura local.

O segundo é a Interpretação Patrimonial, um serviço desempenhado principalmente pelos guias e condutores. Essa interpretação envolve proporcionar experiências positivas, participativas e contemplativas aos visitantes, permitindo que eles vivenciem de forma direta e envolvente o patrimônio histórico e cultural. 

Por fim, o terceiro pilar do tripé é a Identidade Cultural, que complementa a experiência. Ela está relacionada à promoção dos símbolos da memória e da identidade cultural das populações e comunidades locais. Ao valorizar e promover esses símbolos, como tradições, festivais, artesanato e gastronomia típica, reforça-se a identidade cultural de um destino e se preserva a memória coletiva.

Esse tripé do Turismo Cultural proporciona uma abordagem abrangente e enriquecedora, envolvendo a valorização dos Patrimônios Histórico-Culturais, a interpretação desses atrativos por meio da vivência direta dos visitantes e a promoção da Identidade Cultural.

Essa combinação proporciona experiências autênticas e significativas, tanto para os visitantes quanto para as comunidades locais, enriquecendo o entendimento, o respeito e a preservação da cultura ao longo do tempo.